

Acrílico sobre tela, 65x50 cm

Acrílico sobre tela, 65x50 Cm

Acrílico sobre tela, 70x50 cm

Acrílico sobre tela, 100x81 cm

Acrílico sobre tela, 70x50 cm

Acrílico sobre tela, 100x81 cm

Acrílico sobre tela, 70x50 cm

Acrílico sobre tela, 70x50 cm

Acrílico sobre tela, 70x50 cm

Acrílico sobre tela, 70x50 cm

Acrílico sobre tela, 100x81 cm

Acrílico sobre tela, 70x50 cm
Nascer. Dor e deslumbramento. Dar à luz, expressa o que, de tão comum, quase se evade da sua força poética e humana.
A criança surge daquela arca de sombra, húmida e cúmplice do corpo materno, para o mundo onde abrirá os olhos para a luz. Seu pequeno coração ainda perto do coração materno.
Nasce. Para tudo aprender, apreender. Nasce num choro. Mais tarde sorri, ri. O choro continua, quando pequenino, para dizer o que sente, pede e ama ou rejeita.
E escuta palavras. De amor e de canto. E, contudo, há crianças que nunca escutaram tais palavras na solidão de uma infância ignorada, mal amada.
Uma criança nos braços é o deslumbrar da vida, o peso e a leveza do mundo.
Dar à luz é uma dignidade do corpo da Mulher. E dignidade entendida num mundo de justiça e de paz.
Dignidade que ao Homem também pertence.
Conceição Ramos entrega-nos muito dessa luz nas suas telas de Artista e de Mãe.
No traço, na cor, escutamos um canto de embalo, sabemos do tacto suave das mãos de uma criança, o seu olhar primeiro, a dádiva tão bela do seio materno.
Arte também é nascer.
Matilde Rosa Araújo (Escritora)
Março de 2005
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